quinta-feira, 31 de março de 2011

Viva la vida




Para celebrar a vida.

quarta-feira, 23 de março de 2011

From Taiwan

Postal lindo que eu recebi hoje, de Taiwan.
E a gente fica sem palavras diante de uma foto tão linda assim.

terça-feira, 22 de março de 2011

A literatura em perigo



"Hoje, se me pergunto por que amo a literatura, a resposta que me vem espontaneamente à cabeça é: porque ela me ajuda a viver. Não é mais o caso de pedir a ela, como ocorria na adolescência, que me preservasse das feridas que eu poderia sofrer nos encontros com pessoas reais; em lugar de excluir as experiências vividas, ela me fez descobrir mundos que se colocam em continuidade com essas experiências e me permite melhor compreendê-las. Não creio ser o único a vê-la assim. Mais densa e mais eloquente que a vida cotidiana, mas não radicalmente diferente, a literatura amplia o nosso universo, incita-nos a imaginar outras maneiras de concebê-lo e organizá-lo. Somos todos feitos do que os outros seres humanos nos dão: primeiro nossos pais, depois aqueles que nos cercam; a literatura abre ao infinito essa possibilidade de interação com os outros e, por isso, nos enriquece infinitamente. Ela nos proporciona sensações insubstituíveis que fazem o mundo real se tornar mais pleno de sentido e mais belo. Longe de ser um simples entretenimento, uma distração reservada às pessoas educadas, ela permite que cada um responda melhor à sua vocação de ser humano. "
(Tzvetan Todorov em A literatura em perigo)

domingo, 20 de março de 2011

quinta-feira, 17 de março de 2011

O peso das palavras

Um dia, depois de já ter sido muito machucada por palavras alheias, ditas sem o menor cuidado (aquele cuidado de que carecem as palavras lançadas ao vento, na direção dos outros), a gente aprende a se defender; a gritar e dizer "chega!", a não deixar mais doer. Leva tempo, e pode não durar muito tempo, talvez a gente tropece de novo, mas é algo que vale a pena tentar fazer. Porque somos nós que escolhemos o que vai doer em nós. E cabe a nós não confundir amor com aceitar tudo.

Um livro muito sábio me ensinou que "Ninguém pode nos fazer felizes ou infelizes, somente nós mesmos é que regemos o nosso destino. Assim sendo, sucessos ou fracassos são subprodutos de nossas atitudes construtivas ou destrutivas." [*pág. 26]. Aceitar os nossos próprios fracassos não é tarefa fácil, mas o que ajuda muito é saber que ainda teremos muitas oportunidades de recomeçar e, quem sabe, acertar. Parar de ficar remoendo os fracassos é também libertador.

Mas às vezes são os outros que vivem remoendo os nossos fracassos por nós, e isso nos derruba. E nesses casos temos que aprender a não deixar as coisas que são ditas nos derrubar. E é disso que eu estou falando nesse post meio sem sentido e totalmente desabafo como não escrevo há muito tempo: desse poder incrível que as palavras têm de edificar ou destruir. Aliás, como tudo na vida, que pode ser usado para o bem ou não. Só que as palavras parecem ter um peso tão maior! Principalmente se forem ditas por quem a gente ama e respeita. Daí a responsabilidade maior de quem é pai ou mãe: tudo que você disser tem peso duplo na vida dos filhos.

Às vezes, o que falamos sem pensar pode ficar como uma marca, como aquela fita que prendemos no caule das plantinhas que estão crescendo, para determinar que rumo o caule vai tomar. Às vezes pode impedir que a plantinha caia, mas também pode impedir que ela cresça linda do seu jeito único, com todas as imperfeições de um caule que foi lutando para se estabelecer livre no lugar que queria.

Tudo isso então foi para dizer que é bom sempre pensar bem antes de dizer as coisas. Que as palavras têm um peso, uma energia, que certamente atinge seu alvo. Por isso que todas as coisas negativas que falamos a respeito de alguém podem sim fazer mal para essa pessoa. São energias negativas que estamos enviando através do nosso pensamento. Pelo mesmo motivo quando falamos bem de alguém, enviamos boas energias, porque o nosso pensamento está vibrando positivamente em direção a essa pessoa. É isso o que acontece quando fazemos uma prece: vibramos positivamente na direção de uma pessoa. E mesmo que esteja longe, esse alguém vai sentir nosso amor, nossa energia, em pensamento.

Estamos muito acostumados a falar sem medida, sem pensar. Dizemos geralmente tudo que vem na nossa cabeça, e com isso muitas vezes estamos bombardeando os outros com energias não tão boas assim. Mas esse é o tipo de coisa que só cabe a nós mesmos mudar: é um exercício diário de contar até 10 antes de sair despejando o mau humor, a nossa raiva, a nossa frustração e principalmente, o nosso julgamento nos outros. É realmente importante respeitar o peso das palavras. Por que alguém muito sábio me disse que tudo que enviamos para o universo volta pra gente.


*do livro "Renovando atitudes", Ed. Boa Nova, 2010, Francisco do Espírito Santo Neto (ditado por Hammed).

sexta-feira, 11 de março de 2011

Das coisas lindas



Presentinho fofo da Lia que chegou hoje pelo correio.
Amei o chaveirinho! Obrigada, Lia! =]

Era uma vez...



Era uma vez uma agenda/caderno de propaganda que ninguém queria....

que virou um caderninho fofo que todo mundo quer :)

quinta-feira, 10 de março de 2011

+ Marcador de livro

Com novas estampas :)


Tudo cor de rosa :)

sexta-feira, 4 de março de 2011

pág. 29

E de novo acredito que nada do que é importante se perde verdadeiramente. Apenas nos iludimos julgando ser donos das coisas, dos instantes e dos outros. Comigo caminham todos os mortos que amei, todos os amigos que se afastaram, todos os dias felizes que se apagaram. Não perdi nada, apenas a ilusão de que tudo podia ser meu para sempre.


Miguel Sousa Tavares. Não te deixarei morrer, David Crockett. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2006.

quarta-feira, 2 de março de 2011

A gente se acostuma, mas não devia

"Eu sei que a gente se acostuma. Mas não devia.

A gente se acostuma a morar em apartamentos de fundos e a não ter outra vista que não as janelas ao redor. E, porque não tem vista, logo se acostuma a não olhar para fora. E, porque não olha para fora, logo se acostuma a não abrir de todo as cortinas. E, porque não abre as cortinas, logo se acostuma a acender mais cedo a luz. E, à medida que se acostuma, esquece o sol, esquece o ar, esquece a amplidão.

A gente se acostuma a acordar de manhã sobressaltado porque está na hora. A tomar o café correndo porque está atrasado. A ler o jornal no ônibus porque não pode perder o tempo da viagem. A comer sanduíche porque não dá para almoçar. A sair do trabalho porque já é noite. A cochilar no ônibus porque está cansado. A deitar cedo e dormir pesado sem ter vivido o dia.

...

A gente se acostuma a coisas demais, para não sofrer. Em doses pequenas, tentando não perceber, vai afastando uma dor aqui, um ressentimento ali, uma revolta acolá. Se o cinema está cheio, a gente senta na primeira fila e torce um pouco o pescoço. Se a praia está contaminada, a gente molha só os pés e sua no resto do corpo. Se o trabalho está duro, a gente se consola pensando no fim de semana. E se no fim de semana não há muito o que fazer a gente vai dormir cedo e ainda fica satisfeito porque tem sempre sono atrasado.

A gente se acostuma para não se ralar na aspereza, para preservar a pele. Se acostuma para evitar feridas, sangramentos, para esquivar-se de faca e baioneta, para poupar o peito. A gente se acostuma para poupar a vida. Que aos poucos se gasta, e que, gasta de tanto acostumar, se perde de si mesma."
(Marina Colasanti)